sábado, agosto 29, 2015

Passadiço do Rio Paiva

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O passadiço é uma estrutura de madeira que acompanha a margem do rio Paiva durante cerca de 9 kilómetros, permitindo caminhadas através de paisagens de beleza deslumbrante. Foi inaugurado em 20 de Junho deste ano e vai de Alvarenga até a Espiunca, existindo já o projeto de o prolongar, pois tem tido um enorme sucesso.

O melhor é o começar o percurso por Areinho, em Alvarenga,  e terminar na Espiunca. Esta última era uma aldeia intocada, paradisíaca, com poucos habitantes raramente visíveis e um rebanho de cabras pastando nas bordas da estrada, escoltadas por um cãozinho e por um bode. Tinha uma tasquinha muito discreta, frequentada só por homens, a moda antiga.

Agora é uma terra de ninguém. E de prazer, com a sua praia fluvial inundada de turistas, a sua tasquinha sempre a abarrotar de homens e de mulheres em calções ou fato de banho.
E, mais estranho ainda, até já tem sete táxis! Os autóctones queixam-se. Fora os que já começam, preguiçosamente, a enriquecer. (Os táxis servem para as pessoas voltarem para o automóvel que deixaram numa das pontas do percurso).


Mas comecemos do princípio.

Ainda em Castelo de Paiva fomos tomar o café da manhã num cafezinho de uma aldeia. Perguntaram-nos logo se íamos para o passadiço.
- Agora fazemos muito mais negócio. Nem tem comparação.
Sim, isto é o que dizem, satisfeitos, os comerciantes do concelho de Arouca, a quem coube a honra da genial ideia e também os do concelho limítrofe de Castelo de Paiva, que, ainda por cima, ostenta o nome do rio, causando alguma confusão.
- Até americanos! Até americanos já atendi! 

Começamos então a caminhada no Areinho. Subimos umas escadas imensíssimas, percorremos depois um caminho de terra na lomba da montanha e finalmente chegamos a um sítio muito alto. Dali é sempre a descer até a Espiunca. Primeiro quase a pique, numas escadas em que seria fácil tropeçar e cair, pois algumas são feitas de duas tábuas separadas. Este percurso é pontuado por varandas sobre o abismo, com vistas magníficas.

Depois o piso é plano e fácil, num suave declive. O percurso inverso é muito mais difícil, pois é sempre em ascensão e termina subindo aquela escadaria monumental para logo descer do outro lado. 

Mais ou menos a meio dos 9 kms, pelos quatro, surge então um bar, uma ponte suspensa que dá apenas acesso à outra margem e regresso, e uma belíssima praia fluvial, a praia do Vau, com umas escadas suspensas imitando as lianas de Tarzan, as quais permitem uma espécie de voo até ao rio, em original mergulho. Este é o lugar do Vau.

Depois disso, ou até aí, o caminho é menos interessante e menos belo. É também possível iniciar ou terminar no Vau, pois existe uma estrada. 
Sai-se na Espiunca, mas é claro que há quem faça ida e volta e quem inicie na Espiunca.
Aí já existem bares como comodidades, vendedores ambulantes, casas de banho públicas muito limpas e a tal dita praia. 

Como surpresa, e apesar do que alguns têm dito, ao longo de todo o passadiço não se vê um saco de plástico, um papel, uma garrafa, antes trabalhadores com grandes sacos de lixo, em que podemos depositar o que tivermos. 
É natural que seja assim, já que quem lá vai aprecia a natureza, mas ainda é novidade este espírito cívico.
Não se ouvem os pássaros, que fogem espavoridos de tanta movimentação e tanta gente, há mesmo muita gente, mas ouve-se sempre o sereno ruído das águas do rio.

A maneira do Norte, o ambiente é familiar, como se todos se conhecessem, toda a gente fala com toda a gente.

E sente-se o perfume das muitas árvores odoríficas: loureiros, eucaliptos... Bem como das ervas de cheiro.
As pernas ficam a doer, mas os pulmões agradecem como se ficassem lavados, a cabeça agradece a paz, os ouvidos o suave rumorejar das águas. Tudo em nós agradece o permanente milagre da natureza.

quinta-feira, agosto 27, 2015

São Telmo - capela de Câmara de Lobos, Ilha da Madeira









Nesta capelinha da Nossa Senhora da Conceição, em Câmara de Lobos, ilha da Madeira, podemos encontrar pinturas do artista Nicolau Ferreira. É uma pequena é muito bonita capela junto ao mar, mesmo no porto, que recolhe as devoções dos pescadores.

As cinco primeiras reproduções deste post referem-se a milagres de Sao Telmo, o santo das navegações, a que é atribuído, entre muitos outros milagres marítimos,  o chamado Fogo de Santelmo, mencionado por Camões n'Os Lusíadas, um fogo fátuo que se via por vezes nos mastros, provocado por eletricidade estática.
O nome completo é São Pedro Gonçalves Telmo, também conhecido pelo nome de "Corpo Santo".

Ver aqui
http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/5045/1/LS_S1_08_Mario%20Martins.pdf


quarta-feira, agosto 26, 2015

Madeira: Câmara de Lobos















É, talvez, a terra mais bonita da ilha da Madeira, muito cinematográfica, vista do alto, vista de lado, vista do mar... Sempre diferente e sempre bela, na mudança de perspectiva.

Os lobos aqui referidos são lobos marinhos, espécie em extinção, mas que ainda existe lá perto, numas ilhas desabitadas.

É uma terra piscatória a poucos kilometros do Funchal, em que os pescadores, em pequenos barquinhas, agora a motor, mas sem qualquer espécie de proteção, pescam peixe espada preto, não muito longe da Costa, mas em águas muito profundas.

Em Agosto há as festas do peixe espada preto, como se vê pelos engraçados enfeites numa das fotos.
Tem também uma bela capela, com magníficos quadros de pintores portugueses, que estão num outro post.

quinta-feira, agosto 06, 2015

Ilha da Madeira: Curral das Freiras.








Vendo esta terra tão longe de tudo, esta capelinha tão bonita e pacifica, este pequeno  cemitério...  Imaginamos que este será um lugar para se viver e se morrer tranquilamente.

O estranho nome, Curral das Freiras, quer realmente dizer Vale das Freiras, já que as Clarissas procuraram refúgio nesse vale, aquando dos primeiros ataques dos pitatas / corsários.
Todas estas ilhas da Macaronésia têm uma história rlacionada com piratas, que, além de roubarem os bens, roubavam também a própria população, para a vender no mercado de escravos.
Talvez em todas as ilhas...

segunda-feira, agosto 03, 2015

Ilha da Madeira





Passei uma vez por aqui, oriunda dos mares e desejei ficar. Como noutros locais por onde passei.

E agora vim para ficar por aqui uns dias.

Esta ilha da Madeira faz parte das ilhas chamadas Macarronesia (Macarron quer dizer perfeito) também designadas por ilhas afortunadas.
De facto, esta ilha é muito parecida com a que conheço das Canárias. E mais simpática, sobretudo para portugueses e ainda fica mais perto.

Até há pouco tempo era muito cara, mas com os voos low-cost da Easyjet... Ainda poucos...
Os hotéis, se comparados com os portugueses, são baratos e ótimos.

Gosto das Canárias e de Cabo Verde, mas a Madeira supera tudo. Não se vê pobreza, é Portugal mas parece que estamos no estrangeiro, com tantos turistas, muitos do norte da Europa.

Passei uma vez por aqui, oriunda dos mares e desejei ficar. Como noutros locais por onde passei.

E agora vim para ficar por aqui uns dias.

Esta ilha da Madeira faz parte das ilhas chamadas Macarronesia (Macarron quer dizer perfeito) também designadas por ilhas afortunadas.
De facto, esta ilha é muito parecida com a que conheço das Canárias. E mais simpática, sobretudo para portugueses e ainda fica mais perto.

Até há pouco tempo era muito cara, mas com os voos low-cost da Easyjet... Ainda poucos...
Os hotéis, se comparados com os portugueses, são baratos e ótimos.

Gosto das Canárias e de Cabo Verde, mas a Madeira supera tudo. Não se vê pobreza, é Portugal mas parece que estamos no estrangeiro, com tantos turistas, muitos do norte da Europa.