terça-feira, março 21, 2006

Secção de Culinária

Filhas:

Como, na minha última encarnação, eu fui um carroceiro irlandês (ver entrada de 20 /3 /2006), nunca fui muito dotada para a culinária.
É natural: a Irlanda não é conhecida pela sua cozinha (nem por nada, aliás… (a não ser a Irlanda do Norte que é curtida (mas eu, se calhar, era da Irlanda do Sul)))…
Por outro lado, os carroceiros irlandeses não sabem cozinhar, são as esposas que cozinham, e só sabem beber whiskey irlandês (a principal diferença é que eu agora prefiro o escocês), dizer palavrões e bater nas mulheres (evoluí muito nestes dois últimos aspectos) (só bati uma vez numa mulher, mas isso são águas passadas).
Enfim, refiro-me à culinária, porque agora está na moda (por mal dos meus pecados), misturar a literatura com a haute cuisine. É o que fazem, por exemplo, aquelas galdérias da Laura Esquível e da Joahne Harris, que mal sabem ler nem escrever… (isto não é inveja!) (eu não sou invejosa!)
Bem, admito que escrevem mais ou menos, mas não devem cozinhar nada de jeito! Eu não comia nada feito por elas! Nem morta! (Tenho lido os livros todos, mas isso é um segredo nosso.)

Enfim… as minhas amigas têm-me dado receitas, mas hoje a Margarida deu-me uma óptima!
Depois conto, primeiro vou experimentar.

segunda-feira, março 20, 2006

Vivendo e aprendendo!

Filhas:
Talvez este slogan pareça muito comum, mas eu acabo de descobrir que na minha última encarnação fui um carroceiro irlandês!
E eu a pensar que tinha sido alguma espécie de rainha... enfim, talvez na Papua Nova-Guiné, ou assim...
O pior é que isso já foi no século XVII. e então por onde terei andado entretanto???!!!
Eu preferia ter sido alguma princesa há menos tempo!
Se vocês querem obter informações como esta, vão ao seguinte endereço: http://planetadinamica.terra.com.br/site/

Gripe das Galinhas

Eu, como sou uma mulher moderna, quero morrer com uma doença moderna e esquisita. De preferência, uma que ainda não tenha sido inventada.
Outro dia li numa revista uma lista de sintomas duma doença estranhíssima. Estranhamente, eu sentia-os todos. Talvez exceptuando um ou dois…
Depois, para meu alívio, estava escrito no fim que aquela doença era genética e própria dos boxímanes. Respirei aliviada umas duas ou três vezes, mas imediatamente me surgiu o raciocínio lógico: talvez eu seja descendente dalgum bosquimane! Bem, o meu antepassado poderia ter vindo para a Europa, talvez como curiosidade a ser exibida nas feiras, como a mulher-serpente, ou assim. Parece que os bosquimanes são muito pequeninos, se não me engano… como eu não sou muito pequena, então, logicamente, ele deve ter-se casado com alguma sueca. Alta e loira.
Mais tarde, li outra revista sobre saúde e acabei por descobrir que a minha doença era outra, enfim, geneticamente própria dos esquimós…
Fiquei com a impressão de que o meu problema não é tão raro como parece, quando noutro dia, no meu trabalho, vi toda a gente a fitar, com um ar aterrorizado, uma pombinha branca, muito querida, que estava pousada em cima dum automóvel, com um ar doente, cansado, ou talvez apenas aborrecido, digamos, blasé. Talvez fosse estrangeira.
Eu ainda disse timidamente: talvez a pombinha esteja doente, mas com outra doença qualquer, talvez própria das pombinhas… mas ninguém me ouviu. Estava toda a gente à espera de a ouvir espirrar.
Já não nos bastava ter medo do Bin Laden, agora também morremos de medo das pombinhas brancas!